HERÓIS E TRAIDORES
Artigo publicado em 24.07.14-MM.
Economista Marcos Coimbra
Professor, Membro do
Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e Autor do
livro Brasil Soberano.
Em artigo publicado em 22.03.12 neste espaço,
escrevemos um texto sobre este assunto, que se revela assustadoramente atual,
feitas algumas adaptações.
Afirmamos que em reunião sobre a grave
questão da demarcação de áreas indígenas, em especial sobre a denominada região
Raposa/Serra do Sol, e seus desdobramentos sobre o futuro do país, enquanto
Nação soberana, independente e autônoma, surgiu em paralelo uma discussão sobre
quem figuraria na História do Brasil, como herói e como traidor da Pátria.
Houve unanimidade quanto aos heróis. Afinal, não há como negar o exemplo de
brasilidade de vultos como Tiradentes, Duque de Caixas, Barão do Rio Branco,
Tamandaré, Brigadeiro Eduardo Gomes, Vidal de Negreiros, Henrique Dias, Felipe
Camarão, do anônimo soldado da FEB que lutou na Itália e outros.
No relativo aos traidores da Pátria
houve dissenso. O ilustre brasileiro Jornalista Barbosa Lima Sobrinho já
definia que no Brasil só existiam dois partidos políticos. O dos heróis,
representados por Tiradentes e o dos seguidores do traidor Joaquim Silvério dos
Reis. Mas, um participante argumentou, com propriedade, que Silvério teria sido
um traidor sob a ótica de nós, brasileiros, mas não para os portugueses, a quem
servia, sendo natural da nossa então matriz. Apenas houve consenso em Judas,
como traidor universal.
Analisando a iminente perda de mais da
metade do território nacional, representada, de início, pela demarcação
irresponsável de vastas áreas do Brasil para indígenas (agora já criaram também
os “quilombolas”), por “coincidência” justamente onde já estão mapeadas e
conhecidas vastas riquezas e recursos naturais, que, no decorrer do tempo serão
arrancadas do nosso país, sob
qualquer pretexto, algumas reflexões se fazem necessárias.
Qual o país do mundo que, por “vontade
própria”, sem o disparo de um tiro sequer, abre mão de um milímetro do seu
território sem resistência armada? Em que lugar se escondem as autoridades (ir)responsáveis, por omissão, covardia, cumplicidade, que não
reagem contra o crime de lesa-pátria a ser perpetrado? Será que o Brasil não
fabrica mais Homens como no passado, quando tivemos Plácido de Castro, Marcílio
Dias e tantos outros?
A maioria de nosso povo não sabe o que
está acontecendo de fato. Pensa apenas em sobreviver, com as “bolsas-esmolas”
ou com os empregos de baixa remuneração existentes, ou talvez ocupados com o
samba, o futebol e o carnaval. Porém, existe uma parcela do povo conhecedora do
que está em jogo. E é justamente esta que decide. A disputa não é entre
“arrozeiros” e índios desprotegidos da época de José de Alencar. Se o leitor
quiser apurar o que está sendo escrito aqui, pode entrar nas páginas do
Greenpeace, do WWF-Brasil, da FUNAI e outros menos votados. Vai encontrar uma
perfeita sintonia, uma ação orquestrada entre eles, com o mesmo objetivo.
Não é por acaso que dirigentes de
órgãos governamentais decidem, ignorando o Congresso, os locais a serem
demarcados, tendo sido (ou virão a ser), integrantes de ONGs suspeitas.
Inclusive, algumas financiadas por governos estrangeiros. O G-7 e até potências
emergentes estão carentes de nióbio, petróleo, bauxita, urânio e outras
riquezas encontradas em abundância exatamente nas áreas que estão sendo
entregues. Por isto, eles querem estas áreas. O argumento falacioso de que a
propriedade da terra (solo e subsolo) é da União, possuindo os indígenas apenas
o usufruto não se sustenta, quando observamos a prática nas regiões já
demarcadas.
Não existem coincidências. Há
planejamento e ação decorrente. Por que autoridades brasileiras assinaram na
ONU a famigerada declaração universal dos direitos indígenas, ao contrário de
EUA, Austrália, Nova Zelândia etc? Por que as Forças
Armadas brasileiras estão sendo deliberadamente sucateadas, retirando-lhes a
capacidade de cumprir com sua destinação constitucional? Por que o cidadão
brasileiro está sendo desarmado, através de campanhas financiadas do exterior,
executadas por sicários estrategicamente posicionados, com ampla cobertura da
mídia? Por que os órgãos de comunicação, com raras exceções, não divulgam a
verdade sobre o assunto, ao invés de praticar o reducionismo de tentar iludir a
opinião pública, desinformando por intermédio da falsa assertiva de que a luta
é entre o fazendeiro branco mau e o índio desprotegido e nômade? Por que não
esclarecem que estes índios falam inglês, usam celulares e Pcs?
Por que a pressão externa intimidatória de organismos internacionais e governos
estrangeiros? Por que ignorar que a maioria dos índios que defendem a posição
do G-7 é orientada por órgãos estrangeiros, sendo movimentados de lugar, por
ordem externa, de acordo com a existência de riquezas nos territórios a serem
ocupados? Por que ignorar os indígenas que são contra? Por que nossas
autoridades não aprenderam com a dura lição da Iugoslávia, do Iraque, do Kosovo
etc.? Nossos descendentes reverenciarão quais novos heróis e desprezarão que
novos traidores da Pátria? Afinal, a administração petista terá a coragem de
denunciar o artigo 169 da “Convenção” da OIT – Organização Internacional
do Trabalho, nesta data?
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