DESARMAMENTO E SUA FACE OCULTA
Artigo publicado em 16/11/2017
- Monitor Mercantil
Economista Marcos Coimbra, Professor, Assessor especial da
Presidência da ADESG, Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia
Brasileira de Defesa e autor do livro Brasil Soberano.
Escrevemos vários artigos sobre este tema. A mídia
amestrada acionada por “incentivos externos” volta a atacar medidas propostas
no Congresso para minorar o massacre imposto ao cidadão digno, honesto e de
bons costumes pelas sucessivas administrações anteriores desde FHC com o objetivo
de privar o povo brasileiro do direito de possuir e portar, quando for o caso,
arma de fogo. O mais comprometedor é o fato de que a maioria dos
“especialistas” ouvidos por parte da comprometida parcela dos meios de
comunicação é constituída de estrangeiros, em especial argentinos.
Houve um referendo em 2005 sobre a proibição da comercialização de armas
de fogo e munições, onde a imensa maioria dos eleitores (cerca de 64%) rejeitou o absurdo. Quase todos os políticos (principalmente os ditos
de esquerda) foram a favor da proibição, tendo sido fragorosamente derrotados.
Porém, conseguiram impor o famigerado estatuto do desarmamento, por acordo de
lideranças, sem sequer votação no plenário. Só defende o estatuto do
desarmamento quem ignora o que está por trás
dele, estrangeiros ou sicários a soldo dos interesses alienígenas.
No Brasil o serviço militar é obrigatório.
Todo jovem é convocado para cumprir seu dever aos dezoito anos. O objetivo é a
sua preparação para defesa
da Pátria. Ele aprende a atirar com armas leves e pesadas e faz teste de tiro.
Em Israel e na Suíça, todo cidadão, de acordo com critérios específicos, é
considerado como soldado da reserva, pronto para entrar em combate, quando
necessário.
A campanha de desarmamento civil no Brasil não é proveniente de uma
iniciativa própria, mas sim do resultado de um esforço internacional realizado
por uma rede de instituições ligadas ao establishment oligárquico, em especial
o seu componente anglo-americano-canadense, objetivando implantar uma estrutura
de governo mundial, acima dos Estados Nacionais, que os “donos do mundo”
pretendem ver inviabilizados no contexto da “globalização”.
O desarmamento da população se segue a
uma série de medidas visando o desmantelamento das Forças Armadas e a
reestruturação das forças policiais civis e militares, elementos cruciais do
plano externo de dominação. Esta ação assume um caráter ainda mais grave em
função da crescente deterioração das condições de vida e segurança pública nos
grandes centros urbanos do país, em função do caos econômico-social produzido
pelas políticas econômicas das últimas administrações, que drenaram a maior
parte dos recursos financeiros para a especulação no pagamento de juros.
O financiamento de toda esta campanha,
da ordem de dezenas de milhões de
dólares, provém de fundações como o Ploughshares Fund e a Winstom Foundation For
World Peace. Uma das ONGs mais importantes da campanha é o British American
Security (Basic), que tem como principal financiadora a Fundação Ford e a rede Iansa, fundada em maio de 1999 e composta por mais de 186
ONGs.
O verdadeiro objetivo dos idealizadores
da atual campanha do desarmamento
é mais abrangente. Surgiu logo depois do final da II Guerra Mundial, como
o plano Baruch (entrega de todos os suprimentos de minérios radioativos a uma
autoridade central mundial) para estabelecer um governo mundial. Tais ideias
originaram o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP), bem como a
proposta apresentada pelo Departamento de Estado dos EUA, no plenário das
Nações Unidas, em 1961, sob o título: Freedom from War-The United States Program for General and Complete Disarmament in a Peaceful World
(Libertação da Guerra: Programa dos EUA para o Desarmamento Geral e Completo num
Mundo Pacífico).
O documento propunha o estabelecimento
de uma Força de Paz das Nações
Unidas e um
plano de desarmamento mundial que incluía:
a) o
desarmamento de todas as Forças Armadas Nacionais e a proibição do seu
restabelecimento sob qualquer forma, exceto as requeridas para preservar a
ordem interna e para contribuições para uma Força de Paz das Nações Unidas;
b) a
eliminação de todos os armamentos dos arsenais nacionais, inclusive todas as
armas de destruição em massa e os seus meios de lançamento, exceto aquelas
requeridas por uma Força de paz das Nações Unidas e para a manutenção da ordem
interna;
c) a
fabricação de armamentos seria proibida, exceto no tocante aos tipos e
quantidades aprovadas para uso da Força de Paz das Nações Unidas e aos
necessários para manter a ordem interna. Todos os outros armamentos seriam
destruídos ou convertidos a fins pacíficos.
Seus idealizadores afirmam ainda que
“em nossa era moderna, a obtusa aderência à soberania nacional e às Forças
Armadas Nacionais representa uma forma de insanidade que, entretanto,
pode ser curada por uma espécie de tratamento de choque”.
A manobra é muito clara. A liderança do movimento no Brasil é da ONG
Viva Rio, fundada em NOV/93, no Rio de Janeiro, com a participação e o
patrocínio de representantes das Fundações Rockefeller, Brascan,
Kellog, Vitae e Roberto Marinho e a presença do então
Chanceler FHC e do falecido banqueiro David Rockefeller, fundador do Diálogo
Interamericano, sendo filiada à IANSA, criada para atuar como uma central de
coordenação da campanha internacional de desarmamento.
Ninguém tem moral, direito ou legitimidade para rasgar a Constituição,
impedindo o direito natural à autodefesa do cidadão. Caso este comportamento
fascista seja mantido, as autoridades irão colocar na cadeia os cerca de oito
milhões de cidadãos possuidores de armas legais e soltar os bandidos que estão
trancafiados? E quantas armas
continuarão a existir no país, computando-se as ilegais já existentes? Queremos
direitos iguais às "autoridades", que, além de portar armas, possuem
carros blindados, seguranças com armamento de guerra. É imoral presenciar estes
políticos abominando a posse de armas pelo cidadão, cercado de seguranças
armados até de metralhadoras. Pelo plebiscito pela revogação do estatuto do
desarmamento! http://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaomateria?id=130695