Prof. Marcos Coimbra
Professor Titular de Economia junto à Universidade Candido Mendes, Professor aposentado na UERJ e Conselheiro da ESG.
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Sítio: www.brasilsoberano.com.br
Artigo publicado no jornal
Ombro a Ombro em 01/05/2005
Na conjuntura atual, em que autoridades estrangeiras declaram o fim da soberania brasileira sobre a nossa Amazônia, nossas Forças Armadas estão sucateadas e a violência imposta pelo narcotráfico domina as cidades, enquanto a Venezuela compra 100.000 fuzis de assalto para formar um exército de combatentes,
só defende o estatuto do desarmamento quem ignora o que está por trás dele ou foi cooptado pelo "verde" oriundo de entidades estrangeiras. Afinal, na realidade, o Brasil só possui dois partidos políticos: o de Tiradentes e o de Silvério dos Reis. Aqueles que forem responsáveis pela proibição da comercialização de armas e munições, bem como pela implantação do estatuto do desarmamento passarão à História do Brasil como integrantes deste último.
Numa provável tentativa de invasão da Amazônia, nossa única chance é a luta não convencional, em que poderão ser empregados os reservistas e civis voluntários, possuidores de armas de fogo e munição, com destreza em sua utilização. Caso sejam confiscadas milhões de armas em poder de reservistas , como defender nosso país das agressões externas e internas? O objetivo deve ser estimular os cidadãos dignos a legalizarem suas armas de fogo, impondo punições severas aos que tiverem armas ilegalmente e não desarmá-las. Ou o verdadeiro objetivo é facilitar a tomada de nosso território por estrangeiros, bem como a ação de criminosos?
O argumento falacioso de que um revólver é um "vetor de violência" não se sustenta. Os marginais empregam armas de guerra, AR-15, M-16, lança-granadas, desprezando armas de pequeno porte. Armas não matam pessoas. Pessoas matam pessoas. Na realidade, quem precisa ser controlada é a mídia, pois não há maior "vetor de violência" hoje do que os programas, novelas e filmes violentos transmitidos pelos meios de comunicação, onde fazem apologia até do uso de drogas. E o triste é verificar a manipulação de pessoas inocentes, de boa fé, por "corsários" e sicários. Um povo desarmado é muito mais fácil de ser escravizado, não tendo condições de exercer o direito constitucional de autodefesa.
A manobra é muito clara. A liderança do movimento é da ONG Viva Rio, fundada em NOV/93, no Rio de Janeiro, com a participação e o patrocínio de representantes das Fundações Rockefeller, Brascan, Kellog, Vitae e Roberto Marinho e a presença do então Chanceler FHC e do banqueiro David Rockefeller, fundador do Diálogo Interamericano, sendo filiada à IANSA-International Action Network of Small Arms, uma rede de 186 ONGs criada para atuar como uma central de coordenação da campanha internacional de desarmamento. O manifesto de fundação da IANSA exige inclusive a redução dos gastos militares ao nível mais baixo possível, bem como reduzir as disponibilidades de armas para civis em todas as sociedades, além de assegurar um efetivo controle e monitoramento das forças militares, polícia e outras instituições. Fica claro que este é o passo inicial. Depois, virão os outros. E, o Brasil, com 8.500.000 km2, detentor de vastos recursos naturais, vitais no terceiro milênio, ficará indefeso, a mercê dos "donos do mundo".
A legislação atual é bem severa, tanto para os que compram arma ,como para aqueles que possuem porte. O único argumento levantado pelos inimigos de armas neste aspecto é o de que quem possui arma e reage aos bandidos é morto e sua arma vai engrossar o arsenal da marginalidade. Porém, no Reino Unido, após o banimento das armas curtas, a própria polícia reconhece que isto em nada contribuiu para melhorar a situação, existindo ainda de 400 mil a 1 milhão de armas de fogo ilegais. O próprio Comitê de Assuntos Internos está planejando uma revisão na legislação de armas de fogo, em futuro próximo e o Sr. Bill Harriman, membro do Comitê Consultivo em armas de fogo afirma que: " a legislação focou o cidadão honesto que participa de clubes de tiro, quando deveria ser direcionada a armas possuídas ilegalmente".
Ninguém tem moral, capacidade, direito ou legitimidade para rasgar a Constituição, impedindo o direito natural à autodefesa do cidadão. Caso este ato fascista seja aprovado, as autoridades irão colocar na cadeia os 1.500.000 possuidores de armas legais e soltar os bandidos que estão trancafiados? E quantas armas continuarão a existir no país, computando-se as ilegais já existentes? Queremos direitos iguais às "autoridades", que ,além de portar armas, possuem carros blindados, seguranças até estrangeiros, com armamento de guerra.