PERIGOSA INVERSÃO DE VALORES
Prof. Marcos Coimbra
Conselheiro Diretor do CEBRES, Professor de Economia e autor do livro Brasil Soberano.
(Artigo publicado em 27.08.09 no MM).
O Brasil sempre sofreu um enorme processo de inversão de valores, porém ele nunca foi tão profundo como agora. Na expressão política, o Poder Executivo é tomado de assalto por uma horda de pessoas incompetentes, na sua maioria sem qualificação para exercer as funções para as quais foram impostas, em virtude de injunções políticas. O presidente de direito demonstra sua inaptidão para assumir as responsabilidades do cargo. Somente gosta de viajar, em especial pelo exterior, com vastas comitivas, cometendo as gafes de sempre, fazendo questão de realçar, com orgulho, que chegou ao mais elevado posto da República, sem necessidade de estudo. De fato, passou a maior parte de sua existência sem estudar e sem trabalhar. Trata-se de um péssimo exemplo para a juventude, que antes acreditava na possibilidade de ascensão social vertical, através da educação. A presidente, de fato, executa seu poder autoritariamente, controlando ditatorialmente não só seus colegas ministros subordinados, como integrantes de outros Poderes, em especial do Legislativo. A corrupção campeia sem qualquer controle.
Este "Poder" passou a ser um mero departamento homologador das decisões emanadas do exterior e do Executivo. Passa tudo aquilo enviado, sem a menor alteração para melhor. É vergonhoso o triste espetáculo. O povo clama nas ruas por um plebiscito/referendo sobre a redução da maioridade penal, a instituição de penalidades mais severas para crimes bárbaros e os "donos do Brasil" ignoram. Eles detestam o povo enquanto agente de transformação social. Apenas o desejam como massa de manobra. Recentemente, a serviço dos hoplófobos estrangeiros, implantaram o famigerado estatuto do desarmamento, por acordo de lideranças. A decisão é motivo de ironia e deboche por parte de nossos "hermanos" argentinos, uruguaios, paraguaios e afins, que não têm medo de armas de fogo. Pelo contrário, desde crianças aprendem a usá-las. Na votação do referendo convocado sobre a proibição e comercialização de armas de fogo o povo por 2x1 manifestou seu repudio a esta esdrúxula decisão. Depois reclamam do clamor popular a respeito da imagem do Congresso, principalmente após os mais recentes escândalos no Senado.
O Poder Judiciário, ainda relativamente independente, é atacado por todos os lados e ameaçado de "controle externo", em especial depois da criação do Conselho Nacional de Justiça. Mais de 50% dos componentes das mais altas Cortes do país já foram nomeados pelo atual presidente. Como esperar isenção de um julgamento onde eles atuem e onde estiver em causa interesses de quem os nomeou?
Este país precisa voltar a ser sério. Os compromissos morais e éticos devem ser cumpridos. O povo deve ser respeitado e não humilhado pelos detentores do poder político. As denominadas entidades defensoras dos direitos humanos notabilizam-se em proteger monstros estupradores, assassinos, assaltantes, enquanto a polícia é acuada pelos marginais. Bandidos de alta periculosidade comandam o crime organizado de dentro de presídios de segurança máxima, comandam rebeliões sangrentas, matam agentes penitenciários, saem quando querem e são protegidos por autoridades governamentais. A nossa juventude é contaminada por meios de comunicação de massa difusores de perversões sexuais, de apologia ao crime e da descriminalização das drogas. Agora, existe em curso uma clara campanha a favor desta última, promovida por usuários e “simpatizantes”. O certo passa a ser ridicularizado e o errado é glorificado. Drogados são incensados, até em novelas e programas populares das redes de TV, em especial do "império do mal".
A pederastia, antes classificada como doença na NIDCM, passou a não ser mais, em função da pressão do "lobby" dos homossexuais e agora é incentivada e estimulada. Amanhã, poderá ser compulsória, com aprovação simbólica pelo Congresso Nacional. Até a criminalização de não adeptos é discutida no Congresso, em especial para inibir a condenação dos religiosos de praticamente todas as denominações. A decadência moral acentua-se. A educação, no nível básico, médio ou superior, é destruída progressivamente. O ensino público é sucateado e o ensino privado torna-se um balcão de negócios. O sistema educacional forma “analfabetos funcionais”. A saúde é abandonada. A denominada gripe suína já matou até o momento mais de 500 pessoas no país, atingindo o Brasil um dos maiores índices de letalidade do mundo. As “autoridades” do setor, como sempre desprevenidas, apresentam soluções estapafúrdias, como a compra pelo ministério da Saúde de todos os medicamentos específicos de combate à gripe, proibindo na prática sua aquisição.
O saneamento é ignorado. A insegurança predomina nos principais centros urbanos do país, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. Neste último, o comandante geral da PM já foi trocado por duas vezes e o chefe da polícia civil uma. E a carga tributária aumenta a cada ano. O desemprego e o subemprego tornam-se cada vez mais preocupantes, devido às precárias condições de trabalho e ao baixo nível de remuneração das vagas surgidas. O país do futuro passa a ser a esperança não concretizada do passado. As pessoas de bem, que podem, passam a sair do Rio de Janeiro e do Brasil. A princípio nada é divulgado. O acusado do assassinato do pai e da madrasta está em liberdade. Tudo a ver. Afinal, o Congresso não emasculou o povo brasileiro, impondo-lhe o desarmamento?
O MST e assemelhados continuam a invadir propriedades produtivas, cometendo toda sorte de crimes, sem punição. Pelo contrário, recebem recursos vultosos de toda ordem de entidades governamentais, sob diversos pretextos, sem qualquer necessidade de comprovação dos gastos efetuados. Em sentido inverso, sem entrar no mérito da questão, uma série de sinais autoritários surgem sucessivamente no horizonte, como a proibição da ANVISA relativa à colocação de medicamentos nas farmácias, a forma de restrição aos fumantes (por sinal, detestamos o tabagismo) , a drástica campanha referente ao uso de bebida alcoólica por motoristas, mesmo em doses moderadas, a fantástica indústria de multas que se expande incontrolavelmente pelo país e outras medidas do gênero.
É preciso que todos cumpram seu dever, cada um em sua esfera de atuação. A Constituição Federal estipula claramente os deveres de cada Instituição. É urgente que seus dispositivos sejam cumpridos, pois, a qualquer momento, não haverá mais possibilidade de retorno à normalidade. Estaremos em plena barbárie.
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