SOBERANIA E DESARMAMENTO DO CIDADÃO
Artigo publicado em 15/09/2016 - Monitor
Mercantil
Economista
Marcos Coimbra
Professor,
Assessor Especial da Presidência da ADESG, Membro do Conselho Diretor do
CEBRES, Acadêmico fundador da Academia Brasileira de Defesa e Autor do livro
Brasil Soberano
O Ministro da Justiça
Alexandre de Moraes, ao divulgar em sua página do Facebook
artigo do Prof. Bene Barbosa, presidente do MVB, desmente o paradigma de que
armas são ruins “per si”, começando a desmoralizar esta falácia depois de quase
duas décadas de desarmamento.
"Seguindo a diretriz de um governo em prol do
desarmamento, essas pesquisas possuem claramente viés ideológico e com uma
distorção da realidade, dos números e das estatísticas– tentam justificar a
fracassada política nacional de desarmamento que, após mais de dez anos em
vigor, não surtiu efeito na redução da violência. Ao contrário." E ainda: “Além disso, os cidadãos de bem estão desarmados e desprotegidos, uma vez
que não conseguem legalmente possuir uma arma de fogo e, por vezes, se veem
obrigados a optar pela ilegalidade para se defender”.
No Brasil o serviço militar é obrigatório. Todo
jovem é convocado para cumprir seu dever aos dezoito anos. O objetivo é a sua
preparação para a defesa da Pátria. Ele aprende a atirar com armas leves e
pesadas e faz teste de tiro. Em Israel e na Suíça, todo cidadão, de acordo com
critérios específicos, é considerado como soldado da reserva, pronto para
entrar em combate, quando necessário.
Reina a insegurança no país, em especial no RJ,
onde centenas de pessoas estão sendo trucidadas por marginais, muitos deles
“menores”, em especial com uso de armas brancas, sem a mínima possibilidade de
exercer seu legítimo direito de defesa, por falta de meios. Estamos sendo
massacrados, mesmo sem oferecer resistência, ficando nossas vidas a mercê dos humores dos bandidos. A
violência imposta pelo narcotráfico domina as cidades. Organismos
internacionais, com a conivência de “cidadãos brasileiros”, alguns ingênuos,
outros por terem sido cooptados por várias razões e os demais em função de motivações
ideológicas, estão introduzindo no Brasil a cultura da covardia. Ou seja, não
reaja, não olhe para o bandido, faça aquilo que ele mandar etc. Autoridades
estrangeiras declaram o fim da soberania brasileira sobre a nossa Amazônia.
Houve um
referendo sobre a proibição da comercialização de armas de fogo e munições,
onde a imensa maioria dos eleitores (cerca de 64%)
rejeitou o absurdo Quase todos os políticos (principalmente os ditos de
esquerda) foram a favor da proibição, tendo sido fragorosamente derrotados.
Porém, conseguiram impor o famigerado estatuto do desarmamento, por acordo de
lideranças, sem sequer votação no plenário. Só defende o estatuto do
desarmamento quem ignora o que está por trás dele,
estrangeiros ou sicários.
Numa provável tentativa de invasão da
Amazônia, nossa única chance é a luta não convencional, em que poderão ser
empregados os reservistas e civis voluntários, possuidores de armas de fogo e
munição, com destreza em sua utilização. Caso sejam confiscadas milhões de armas
em especial aquelas em poder de reservistas, como defender nosso país das
agressões externas e internas? O objetivo deve ser estimular os cidadãos dignos
a legalizarem suas armas de fogo, impondo punições severas aos que tiverem
armas ilegalmente e não desarmá-los. Ou o verdadeiro objetivo é facilitar a
tomada de nosso território por estrangeiros, bem como a ação de criminosos?
O argumento falacioso de que um
revólver é um "vetor de violência" não se sustenta. Os marginais
empregam armas de guerra, AR-15, M-16, lança-granadas, desprezando armas de
pequeno porte. Armas não matam pessoas. Pessoas matam pessoas. Um povo
desarmado é muito mais fácil de ser escravizado, não tendo condições de exercer
o direito constitucional de autodefesa.
A manobra é muito clara. A liderança do
movimento é da ONG Viva Rio, fundada em NOV/93, no Rio de Janeiro, com a
participação e o patrocínio de representantes das Fundações Rockefeller,
Brascan, Kellog, Vitae e Roberto Marinho e a presença do então Chanceler FHC e
do banqueiro David Rockefeller, fundador do Diálogo Interamericano, sendo
filiada à IANSA-International Action Network of Small Arms, uma rede de 186
ONGs criada para atuar como uma central de coordenação da campanha
internacional de desarmamento.
No Reino Unido, após o banimento das armas curtas,
a própria polícia reconhece que isto em nada contribuiu para melhorar a
situação, existindo ainda de 400 mil a um milhão de armas de fogo ilegais. O
próprio Comitê de Assuntos Internos planejou uma revisão na legislação de armas
de fogo e o Sr. Bill Harriman, membro do Comitê Consultivo em armas de fogo
afirmou que: "a legislação focou o cidadão honesto que participa de clubes
de tiro, quando deveria ser direcionada a armas possuídas ilegalmente".
Ninguém tem moral, direito ou
legitimidade para rasgar a Constituição, impedindo o direito natural à
autodefesa do cidadão. Caso este comportamento fascista seja mantido, as
autoridades irão colocar na cadeia os cerca de oito milhões de cidadãos
possuidores de armas legais e soltar os bandidos que estão trancafiados? E quantas armas continuarão a existir no
país, computando-se as ilegais já existentes? Queremos direitos iguais às
"autoridades", que, além de portar armas, possuem carros blindados,
seguranças até estrangeiros, com armamento de guerra.