POSTURAS NADA DIGNAS
Artigo
publicado em 31.05.13-MM
Prof.
Marcos Coimbra
Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de
Defesa e da Academia Nacional de Economia e Autor do livro Brasil Soberano.
Na área internacional, a deputada de oposição Elisa
Carrió, apresentou pedido à Justiça argentina para
investigar uma denúncia de corrupção feita por Miriam Quiroga,
ex-secretária de Néstor Kirchner. Segundo a assessora
particular do ex-presidente, morto em 2010, ele recebia de empresários
"pesadas" sacolas de dinheiro na sala na Casa Rosada, que não
se manifestou sobre o caso. "Ela (Miriam) contou agora a mesma coisa que
eu havia denunciado em 2008. Espero que o juiz finalmente investigue o caso. É
uma tristeza tudo o que (os Kirchners)
roubaram", afirmou Carrió. Segundo as acusações,
o casal conseguiu aumentar 27 vezes o valor (em dólares) do patrimônio pessoal.
Em 2003, Néstor somou US$ 648,9 mil em bens
familiares. No ano passado, Cristina declarou US$ 17,6 milhões.
Quiroga apontou o ministro de
Planejamento Federal, Julio De Vido, e o
ex-secretário presidencial Daniel Munoz, como alguns
dos receptores das entregas. A denúncia foi feita durante o programa Jornalismo
Para Todos, do jornalista Jorge Lanata, no canal Trece. Segundo Miriam - que trabalhou com o casal Kirchner
mais de dez anos atrás na Província de Santa Cruz - a presidente Cristina
"estava por dentro de tudo". "A proximidade que teve com o
presidente (Kirchner) me permitiu sempre ouvir as conversas". Em 2011, reportagem da revista Noticias a classificou como "a
outra viúva de Néstor Kirchner".
E o pior são as agressivas ações da presidente no
sentido de perpetuar-se no poder, a exemplo de seu ídolo Chávez, através da
eliminação da liberdade de imprensa na Argentina, por intermédio de várias
atitudes de força, como o controle do papel de imprensa, bem como do controle
do Judiciário, através de uma pseudorreforma.
Preocupa-nos o Efeito Orloff, segundo o qual aquilo
que ocorre hoje lá, acontecerá no Brasil no futuro. Está aí o caso Rosemary. E
ainda estamos sendo prejudicados no comércio
internacional pelas medidas impostas pela atual administração argentina, pois
nossas autoridades persistem na danosa postura de “paciência estratégica”.
No Brasil, parlamentares da oposição querem que o
presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Sr. Jorge Hereda,
ofereça explicações sobre a liberação antecipada dos recursos em 17 de
maio, um dia antes de serem difundidos boatos de que o programa seria suspenso.
Inicialmente, a Caixa havia informado que a liberação só tinha sido feita
depois da circulação do boato, para “evitar tumulto”. No último sábado (25), a
Caixa informou que antecipou o saque do benefício na sexta-feira (17). Ora, uma
ministra de Estado chegou a culpar a oposição pelo caos havido, quando cerca de
um milhão de pessoas acorreram a agências da CEF para sacar os recursos, diante
dos boatos de que o programa seria extinto ou então haveria uma “doação” extra,
a pretexto da comemoração do dia das mães. Agências foram inclusive depredadas.
É lamentável a postura adotada por esta autoridade
da administração federal que, precipitadamente, lança uma aleivosia do tipo e
depois corre a tentar reparar o grave erro cometido. Não é a primeira vez que
procede de forma irresponsável e, pelo visto, não será a última. Ela não está à
altura da liturgia do cargo e continuará a errar “ad eternum”,
pois, como pertence ao núcleo duro do PT não será sequer advertida.
E para culminar, temos o triste episódio
protagonizado pelo alcaide do município do RJ. A
confusão teve início depois que o prefeito, que estava jantando com a mulher e
um grupo de amigos, inclusive seu secretário-chefe da Casa Civil, deputado
federal Pedro Paulo, foi identificado pelo músico Botkay,
que confirmou ter xingado o peemedebista: "Falei que pra ele que ele é um ... De repente ele veio pra cima e agrediu fisicamente.
Soco na minha cara. Homens me segurando", escreveu ele em sua página pessoal.
"A maior humilhação do mundo é levar soco na cara do homem menos homem que
já ouvi falar. E ele não dá direito de retorno". O chefe do Executivo
carioca disse ainda que apenas reagiu "como ser humano" ao ser
questionado sobre o motivo da briga, ocorrido em um restaurante japonês na Zona
Sul. O caso foi registrado como lesão corporal na delegacia da Gávea (15ª DP).
É lamentável esta sucessão de atitudes deploráveis.
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