LUTA PELA SOBERANIA
Artigo publicado em 18/05/2017 - Monitor
Mercantil
Economista
Marcos Coimbra
Professor,
Assessor Especial da Presidência da ADESG, Membro do Conselho Diretor do
CEBRES, Acadêmico fundador da Academia Brasileira de Defesa e Autor do livro
Brasil Soberano.
Soberania
Nacional caracteriza-se pela "manutenção da intangibilidade da Nação,
assegurada a capacidade de autodeterminação e da convivência com as demais
Nações em termos de igualdade de direitos, não aceitando qualquer forma de
intervenção em seus assuntos internos, nem participação em atos dessa natureza
em relação a outras Nações, significando também a supremacia da ordem jurídica
em todo o território nacional”. De fato,
infelizmente, não é o que se presencia no Brasil de hoje. As decisões são
tomadas por imposição da
perniciosa atuação de algumas ONGs, meros instrumentos de ação dos Centros de
Poder Econômico, aos quais denominamos de "donos do mundo".
Na
Amazônia, procede-se à demarcação de terras indígenas, que já abrangem mais de
12% do território nacional, financiadas por ONGs estrangeiras. Abre-se a
perspectiva de que, em curto prazo, sejam criadas "nações indígenas",
sob o comando de alienígenas, colocando em risco a Integridade do Patrimônio
Nacional. Iniciativas destinadas a grandes projetos de infraestrutura, necessários
ao desenvolvimento do Brasil são obstadas por ONGs sob o comando do exterior,
que chegam a comandar a política a ser adotada por órgãos governamentais
brasileiros. Ações na área de Segurança são determinadas por ONGs financiadas
do exterior, as quais chegam a traçar as "políticas de segurança
pública", impondo aos brasileiros um monstrengo de agressão à autoestima
dos "tupiniquins", denominado de "estatuto do
desarmamento". É tão radical que traz a mente
tristes recordações ocorridas no passado, como as perpetradas por ditaduras
sangrentas na antiga URSS, na Alemanha, em Cuba, onde ditadores ferozes
desarmaram a população, para depois impor um regime de força.
O
comum em todos eles é a conivência de um Legislativo incapaz de agir com
autonomia, que se curva a qualquer grito do Executivo, bem como a cumplicidade
de uma mídia amestrada, regiamente paga para servir aos objetivos dos
"donos do mundo". Existe claramente em ação a estratégia imposta pelos "donos do
mundo", líderes do sistema financeiro internacional, para progressivamente
implementar um governo mundial. As etapas do processo
estão claramente delimitadas. A adoção da "globalização", nova
denominação do "neocolonialismo", partindo dos países centrais para a
periferia, com o domínio da expressão econômica do Poder Nacional, através da
imposição dos ditames dos organismos internacionais: FMI, OMC, Banco Mundial,
BID e outros. Abertura da economia, com eliminação de barreiras protecionistas,
adoção da lei de patentes, inclusive com efeito retroativo, privatização
selvagem, para transferir o patrimônio real das nações menos desenvolvidas para
os detentores do "papel pintado", controle da inflação, para garantia
do retorno das suas aplicações de capital e outras. O total controle dos meios
de comunicação de massa, seja através da colocação de
pessoas de confiança, até a participação via indireta no comando das empresas
de jornalismo, ou emprestando-lhes moeda para mantê-los dependentes ou
simplesmente remunerando regiamente os principais formadores de opinião e
jornalistas famosos, montando a chamada "mídia amestrada".
Em paralelo, atuam através da criação de inúmeras ONGs, financiadas pelo
exterior, sem qualquer controle, com dirigentes percebendo salários invejáveis,
sem prestar contas a ninguém e com recursos vultosos para colocar suas
mensagens na imprensa, objetivando fabricar a chamada "opinião
publicada". Falam em nome do povo (sociedade brasileira), sem procuração.
Trabalham incansavelmente para destruir as Instituições Nacionais: Família, Igreja,
Estado, Escola, Empresa. Procuram demolir o Estado
Nacional Soberano, minimizar a importância da Igreja, desmoralizar os
princípios e valores fundamentais da Família, da Escola e da Empresa. Sucateiam
as Forças Armadas, procurando subtrair-lhes quaisquer possibilidades de cumprir
suas missões constitucionais. Tudo isto é feito em vários países
simultaneamente, no mundo inteiro.
A Soberania Nacional corre cada vez mais risco. A ordem jurídica não é
mais respeitada no território nacional. Burocratas de terceiro escalão do FMI
regulam até o volume de investimento área social. Até a famigerada Lei de
Responsabilidade Fiscal foi adotada, por imposição do FMI. Os incautos não
perceberam que essa Lei limita as despesas de custeio, justamente para
propiciar superávit fiscal primário, sem incluir o item juros. Por que não
criar também uma Lei de Responsabilidade Social, destinada a limitar o
pagamento dos juros internos e externos, de modo a assegurar recursos para
aplicação na infraestrutura social. É a preparação para a entrega do território
nacional para os estrangeiros. É preciso reagir, enquanto é tempo!