INACEITÁVEL INVERSÃO DE VALORES
Artigo publicado em 29/09/2016 - Monitor
Mercantil
Economista
Marcos Coimbra
Professor,
Assessor Especial da Presidência da ADESG, Membro do Conselho Diretor do
CEBRES, Acadêmico fundador da Academia Brasileira de Defesa e Autor do livro
Brasil Soberano.
O Brasil sempre sofreu um enorme processo de
inversão de valores, porém ele nunca foi tão profundo como agora. Na expressão
política, o Poder Executivo foi, e em parte ainda é,
tomado de assalto por uma horda de pessoas incompetentes, na sua maioria sem
qualificação para exercer as funções para as quais foram impostas, em virtude
de injunções políticas. Os “administradores” demonstram sua inaptidão para
assumir as responsabilidades do cargo. Somente gostam de viajar, em especial
pelo exterior, com vastas comitivas, cometendo as gafes de sempre, fazendo
questão de realçar, com orgulho, que chegaram aos mais elevados postos da
República, sem necessidade de estudo. De fato, grande parte passou a maior
parte de sua existência sem estudar e sem trabalhar. Trata-se de um péssimo exemplo
para a juventude, que antes acreditava na possibilidade de ascensão social
vertical, através da educação. Costumam exercer seu poder autoritariamente,
controlando ditatorialmente não só seus colegas ministros subordinados, como
integrantes de outros Poderes, em especial do Legislativo. A corrupção campeia
sem qualquer controle.
Este "Poder" passou a ser um mero
departamento homologador das decisões emanadas do exterior e do Executivo.
Passa tudo aquilo enviado, sem a menor alteração para melhor. É vergonhoso o
triste espetáculo. O povo clama nas ruas por um plebiscito/referendo sobre a
redução da maioridade penal, a instituição de penalidades mais severas para
crimes bárbaros e os "donos do Brasil" ignoram. Eles detestam o povo
enquanto agente de transformação social. Apenas o desejam como massa de manobra. Graças ao serviço de hoplófobos
estrangeiros, implantaram o famigerado estatuto do desarmamento, por acordo de
lideranças. A decisão é motivo de ironia por parte de nossos "hermanos" argentinos, uruguaios, paraguaios e afins,
que não têm medo de armas de fogo. Aliás, os principais “especialistas”
orientadores da “política” de segurança pública no Brasil são estrangeiros, em
especial argentinos.
O Poder Judiciário, ainda relativamente
independente, é atacado por todos os lados e ameaçado de "coação externa".
Mais de 50% dos componentes das mais altas Cortes do país já foram nomeados PT.
Como esperar isenção de um julgamento onde eles atuem e onde estiver em causa
interesses de quem os nomeou?
Este país precisa voltar a ser sério. Os
compromissos morais e éticos devem ser cumpridos. O povo deve ser respeitado e
não humilhado pelos detentores do poder político. As denominadas entidades
defensoras dos direitos humanos notabilizam-se em proteger monstros estupradores,
assassinos, enquanto a polícia é acuada pelos marginais. Bandidos de alta
periculosidade comandam o crime organizado de dentro de presídios de segurança
máxima, comandam rebeliões sangrentas, matam agentes penitenciários, saem
quando querem e são protegidos por autoridades governamentais. A nossa
juventude é contaminada por meios de comunicação de massa difusores de
perversões sexuais, de apologia ao crime e da descriminalização das drogas.
Agora, existe em curso uma clara campanha a favor desta última, promovida por
usuários e “simpatizantes”. O certo passa a ser ridicularizado e o errado é
glorificado. Drogados são incensados, até em novelas e programas populares das
redes de TV.
A pederastia é incentivada e estimulada. Amanhã, há
o risco de ser compulsória, com aprovação simbólica pelo Congresso Nacional.
Até a criminalização de não adeptos é discutida no Congresso, em especial para
inibir a condenação dos religiosos de praticamente todas as denominações. A
decadência moral acentua-se. A educação, no nível básico, médio ou superior, é
destruída progressivamente. O ensino público é sucateado e o ensino privado
torna-se um balcão de negócios. O sistema educacional forma “analfabetos
funcionais”. A saúde é abandonada. As “autoridades” do setor, como sempre
desprevenidas, apresentam soluções estapafúrdias.
O saneamento é ignorado. A insegurança predomina
nos principais centros urbanos do país, especialmente em São Paulo e no Rio de
Janeiro. E a carga tributária aumenta a cada ano. O desemprego e o subemprego
tornam-se cada vez mais preocupantes, devido às precárias condições de trabalho
e ao baixo nível de remuneração das vagas surgidas. O país do futuro passa a
ser a esperança não concretizada do passado. As pessoas de bem, que podem,
passam a sair do Rio de Janeiro e do Brasil. A princípio nada é divulgado. A
acusada de ser mandante do assassinato dos pais ganhou o direito de liberdade
na ocasião da comemoração do dia dos pais.
O MST e assemelhados continuam a invadir
propriedades produtivas, cometendo toda sorte de crimes, sem punição. Pelo
contrário, recebem recursos vultosos de toda ordem de entidades governamentais,
sob diversos pretextos, sem qualquer necessidade de
comprovação dos gastos efetuados. A fantástica indústria de multas se expande
incontrolavelmente pelo país. Como exemplo, a drástica campanha referente ao
uso de bebida alcoólica por motoristas, mesmo em doses moderadas.
É preciso que todos cumpram seu dever, cada um em
sua esfera de atuação. A Constituição Federal estipula claramente os deveres de
cada Instituição. É urgente que seus dispositivos sejam cumpridos, pois, a
qualquer momento, não haverá mais possibilidade de retorno à normalidade.
Estaremos em plena barbárie.