Fundos de Previdência Complementar Fechada e Planos
de Saúde no Brasil
Artigo publicado em
09/06/2016 - Monitor Mercantil
A AAPBB – Associação de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil
realizou nos dias 12 e 13 de abril de 2016, em dependências do Clube da
Aeronáutica, o citado Simpósio, com o objetivo de proporcionar aos participantes análise da sua atual realidade. Para a realização do Simpósio, a AAPBB contou
com o patrocínio da UNAMIBB-União Nacional dos Acionistas Minoritários do Banco
do Brasil e do Supremo Conselho do Brasil do Grau 33 para o Rito Escocês Antigo
e Aceito. Foi igualmente importante o apoio fornecido pela ABD-Academia
Brasileira de Defesa, ABF-Academia Brasileira de Filosofia, ADESG-Associação
dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, CEBRES-Centro Brasileiro de
Estudos Estratégicos, SCRM-Supremo Conselho do Rito Moderno e jornal Monitor
Mercantil. Agradecemos as notícias veiculadas a respeito do Simpósio nos
jornais Monitor Mercantil e Vila em Foco. A realização do Simpósio foi
coordenada por Marcos Coimbra, Vice Presidente (VP) de Desenvolvimento e João
Carlos Lago Neto, VP Adjunto da Associação.
O Simpósio foi constituído de treze
exposições, com a participação de doze conferencistas, pois o Presidente da
AAPBB, Ruy Brito, proferiu duas palestras. A presença diária foi de setenta
pessoas, as exposições alcançaram os objetivos almejados, proporcionando
avaliação geral e específica das diversas situações enfocadas, os debates
esclareceram dúvidas, sendo as questões não respondidas encaminhadas aos
conferencistas para posterior resposta. O Presidente da AAPBB Ruy Brito ,em suas duas participações como palestrante, abordou o histórico do INSS,
IAPBB e assemelhados, PREVI e aspectos da atual conjuntura e suas implicações
na PREVI e na CASSI.
O Conselheiro Deliberativo da PREVI Antonio Carvalho abordou o desempenho dos Fundos de Pensão
e, em especial o PB 1 da PREVI. Enfocou o Teto de
Benefícios, e, em relação a Diretores e membros dos Conselhos da PREVI,
remuneração variável, PLR e bônus vários. Analisou déficits e superávits na
PREVI, ao longo dos anos. O Presidente do Conselho Fiscal da PETROS Ronaldo Tedesco fez um comparativo entre PREVI, PETROS e VALIA,
abordou a Legislação CVM 3792/2009, a Legislação PREVIC e o Fórum Independente
dos Fundos de Pensão – FIDEP. O Diretor-Superintendente da PREVIC JOSÉ FERREIRA enfocou o Contexto do Sistema Fechado de Previdência
Complementar. Detalhou aspectos do papel da PREVIC, resultados preliminares dos
Planos de Previdência para 2015, diagnóstico da situação atual
e medidas em curso.
O Diretor de Administração da FUNCEF Antônio
Augusto Souza, com base em trabalho da FIDEP, falou sobre Fragilidades e
Aprimoramentos nos Fundos de Pensão. Abordou, comparativamente, os resultados
em 2014 de vários Fundos, Desafios e Propostas de Governança, Desafios e
Propostas de Supervisão, Desafios e Propostas de Solvência, Desafios e
Propostas de Investimentos. O Presidente da ADCAP-Nacional Luiz Alberto Barreto fez da situação do POSTALIS o seu tema,
abordando os atores na visão da ADCAP, o protocolo do pedido de intervenção
(20/08/2014), o déficit e suas consequências, contrato entre o Fundo e o BNY Mellon, investimentos no BVA. A Presidente da FAABB Isa
Musa explanou sobre a CASSI e sua história, mostrou a
importância da atuação das Associações e Movimentos. Através de planilhas,
demonstrou que dificilmente contribuições atreladas a reajustes salariais, que
sequer acompanham a inflação médica, poderão manter o equilíbrio de qualquer
plano. Hoje, o Plano Associados atende 836.670
pessoas. Defendeu auditoria externa na CASSI, mas não descartou a necessidade
de aumento no percentual de contribuição dos funcionários e do BB.
O Conselheiro Fiscal da PREVI Williams Silva
falou sobre a PREVI, detalhando seus compromissos,
papel do COFIS, o bom nível dos controles internos, a incipiente gestão baseada
em riscos, falta de base de perdas estruturada, sistemas tecnológicos
defasados, predominância do BB na gestão, teto de benefícios, remuneração
variável, riscos e oportunidades. Em seu pronunciamento, afirmou que não há
voto de Minerva na Diretoria Executiva da PREVI e que o mesmo é prerrogativa do
Presidente do CD e do Presidente do CF, em seus respectivos âmbitos de atuação.
O Auditor Mário Tavares abordou o PB 1 da PREVI,
defendendo a tese de que o mesmo por ser fechado deve ser mais conservador em
seus investimentos. Comentou que o déficit técnico em 2015 foi de R$ 28,6
bilhões e que, nos últimos 6 anos, as provisões
atuariais cresceram 50% e os ativos líquidos diminuíram 10%. Defendeu a
necessidade de restrições para inclusão de novos dependentes após a
aposentadoria. O Desembargador Federal Sérgio de Andréa abordou,
magistralmente, o tema “Contrato de Adesão: Ato Jurídico Perfeito e Direito
Adquirido”.
A Médica Tânia Kadima
teceu críticas à maneira como a CASSI está sendo
conduzida e abordou casos, de seu conhecimento, de atrasos em autorizações de
procedimentos cirúrgicos, com danosas consequências para os associados e para
os cofres da Caixa. Defendeu a tese da Gestão Profissional para a CASSI, cuja implantação julga fundamental para a solução
dos problemas vividos pela Caixa. O Administrador André Mascarenhas falou sobre
a CASSI e, dentre outros, abordou os seguintes
tópicos: necessidade de resgatar a credibilidade da mesma; manutenção,
sobrevivência e perpetuidade; obrigatoriedade e legalidade; criação da
Operadora CASSI em 1995; a Estratégia Saúde da Família; Contribuição; Avaliação
da ANS e Indicadores de Saúde.