DITADURA DO POLITICAMENTE CORRETO
Artigo publicado em 27/10/2016 - Monitor Mercantil
Economista
Marcos Coimbra
Professor,
Assessor Especial da Presidência da ADESG, Membro do Conselho Diretor do
CEBRES, Acadêmico fundador da Academia Brasileira de Defesa e Autor do livro
Brasil Soberano.
O cidadão
brasileiro é tiranizado hoje em dia pela ditadura do politicamente correto,
imposta por minorias atuantes, que avançam em face da passividade da maioria
silenciosa do povo. Chega ao cúmulo de termos que exercer a autocensura, com
receio de sermos “linchados” moralmente e penalmente pelos patrulheiros
ativistas “xiitas”, acostumados a exercer a tirania sobre o cidadão. O direito constitucional de liberdade de expressão
torna-se letra morta, pois, caso algum cidadão divirja das “regras” impostas
pelos radicais fiscais das “minorias”, será punido severamente. Um dos exemplos
mais marcantes foi ação empreendida, tempos atrás, no sentido de censurar a
obra do genial escritor Monteiro Lobato, autor predileto da criançada do século
passado, responsável pelo hábito de leitura de milhões de brasileiros. Ninguém
aguenta mais a supremacia de discussões sobre homossexualismo, cotas raciais,
igualdade de gênero ao invés do debate sobre as questões de sobrevivência do
país, como falência de Estados, corrupção endêmica, ameaças à classe de baixo,
através da famigerada reforma da previdência, sabotagem à operação Lava Jato e
outros.
E ai de
quem se atreva a matar um jacaré em defesa de sua família. Será preso sem
direito a fiança e punido com uma severa pena. Já assaltar e matar, a estória
passa a ser outra. Existem vários criminosos condenados a dezenas de anos de
prisão, os quais, após alguns poucos anos de reclusão, são
liberados e voltam a delinquir.
Os ativistas de diversas destas ditas
minorias são altamente agressivos não aceitando o direito dos cidadãos de
pensar de um modo diferente, ameaçando-os de enquadramento nas diversas “leis”
impostas por eles e aceitas pelos congressistas passivos, ansiosos por agradar
aos “formadores de opinião”, adeptos de práticas e comportamentos repudiados
pela maioria do povo brasileiro. Um exemplo claro deste procedimento é a
questão da descriminalização da droga, defendida por figuras de relevo do meio
artístico e até mesmo político, em causa própria, ou de parentes próximos,
respaldados por uma ofensiva internacional envolvendo interesses de entidades,
grupos e agentes interessados em negócios bilionários. Afinal, qual a razão do
Sr. George Soros defender a legalização das drogas?
Na Segurança, entidades ditas
defensoras dos “direitos humanos” vão progressivamente demonizando as forças
policiais, de modo a inviabilizar sua ação de contenção de hordas de vândalos,
a maioria treinada por grupos terroristas, inclusive do exterior, muitos dos
quais subvencionados direta ou indiretamente por ONGs e até mesmo por órgãos
governamentais da administração direta e indireta. A ação do crime organizado
cresce desmesuradamente, ameaçando e intimidando o cidadão comum e colocando
contra a parede as autoridades da área, incapazes de garantir o direito de ir e
vir da população. Crimes bárbaros são cometidos diariamente e denominados “menores” barbarizam a
cidade, ancorados na certeza da impunidade prescrita em legislação
desatualizada, merecedora de urgente revisão, com a adoção da diminuição da
idade de maioridade penal para um patamar a ser determinados pelos
especialistas no setor, a exemplo de países mais desenvolvidos.
Na maior
parte das recentes manifestações havidas, inicialmente pacíficas, hordas de
bárbaros assumem a liderança dos movimentos, promovendo toda sorte de crimes,
seja de ordem pessoal ou patrimonial, depredando lojas, agências bancárias,
prédios públicos, obras de arte, quando não saqueiam o comércio,
roubando bens de toda espécie.
Os vândalos são protegidos por
advogados militantes e também pela atuação de integrantes de “mídias
alternativas”, os quais simplesmente proíbem a ação da imprensa tradicional e
divulgam imagens distorcidas dos acontecimentos, de modo engajado, de forma a
inibir a ação policial de manutenção da lei e da ordem, em proveito da anarquia
e da baderna generalizada. Chegamos ao cúmulo de assistir frequentemente grupos
de poucas pessoas impedindo o trânsito nas principais artérias do país,
ocasionando engarrafamentos monstruosos, com prejuízos a centenas de milhares
de cidadãos pagadores de impostos. Ora, o direito
constitucional de ir e vir não é menos importante do que o de liberdade de
expressão destes grupos. Também deve ser respeitado. Ativistas comandados por
militantes de partidos políticos ocupam irregularmente centenas de escolas
públicas em vários Estados, em protesto contra iniciativas dos atuais
detentores do poder político, sobre as quais não possuem conhecimento,
funcionando como massa de manobra de interesses partidários.
Até hospital sofre ameaça de invasão. Então, autoridades policiais omitem-se com
receio de serem processadas e punidas por qualquer ação empreendida,
considerando-se o histórico recente de “vitimização” de criminosos e
“criminalização” dos integrantes das forças policiais, estrategicamente
aplicado por grupos interessados em coibir qualquer tentativa de contenção dos
excessos delituosos cometidos por profissionais radicais. E a Justiça permanece
omissa. Quando age, procede de forma tíbia, sem a devida autoridade.
Vivemos momentos muito difíceis, os
quais podem provocar consequências extremamente graves ao tecido social,
ocasionando situações indesejáveis.