DESARMAMENTO E O CIDADÃO

Artigo publicado em 11/05/2017 - Monitor Mercantil

 

Economista Marcos Coimbra

Professor, Assessor Especial da Presidência da ADESG, Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Acadêmico fundador da Academia Brasileira de Defesa e Autor do livro Brasil Soberano.

         Já escrevemos vários artigos sobre este tema. A mídia amestrada acionada por “incentivos externos” volta a atacar tímidas medidas adotadas pela atual administração para minorar o massacre imposto ao cidadão digno, honesto e de bons costumes pelas sucessivas administrações anteriores (FHC e petistas) com o objetivo de privar o povo brasileiro do direito de possuir e portar, quando for o caso, arma de fogo. O mais comprometedor é o fato de que a maioria dos “especialistas” ouvidos por parte da comprometida parcela dos meios de comunicação é constituída de estrangeiros, em especial argentinos.

Houve um referendo em 2005 sobre a proibição da comercialização de armas de fogo e munições, onde a imensa maioria dos eleitores (cerca de 64%) rejeitou o absurdo. Quase todos os políticos (principalmente os ditos de esquerda) foram a favor da proibição, tendo sido fragorosamente derrotados. Porém, conseguiram impor o famigerado estatuto do desarmamento, por acordo de lideranças, sem sequer votação no plenário. Só defende o estatuto do desarmamento quem ignora o que está por trás dele, estrangeiros ou sicários a soldo dos interesses alienígenas.

No Brasil o serviço militar é obrigatório. Todo jovem é convocado para cumprir seu dever aos dezoito anos. O objetivo é a sua preparação para  defesa da Pátria. Ele aprende a atirar com armas leves e pesadas e faz teste de tiro. Em Israel e na Suíça, todo cidadão, de acordo com critérios específicos, é considerado como soldado da reserva, pronto para entrar em combate, quando necessário.

Reina a insegurança no país, em especial no RJ, onde centenas de pessoas estão sendo trucidadas por marginais, muitos deles “menores”, em especial com uso de armas brancas, sem a mínima possibilidade de exercer seu legítimo direito de defesa, por falta de meios. Estamos sendo massacrados, mesmo sem oferecer resistência, ficando nossas vidas a mercê dos humores dos bandidos. A violência imposta pelo narcotráfico domina as cidades. Organismos internacionais, com a conivência de “cidadãos brasileiros”, alguns ingênuos, outros por terem sido cooptados por várias razões e os demais em função de motivações ideológicas, estão introduzindo no Brasil a cultura da covardia. Ou seja, não reaja, não olhe para o bandido, faça aquilo que ele mandar etc. Autoridades estrangeiras já declararam o fim da soberania brasileira sobre a nossa Amazônia.

 Numa provável tentativa de invasão da Amazônia, nossa única chance é a luta não convencional, em que poderão ser empregados os reservistas e civis voluntários, possuidores de armas de fogo e munição, com destreza em sua utilização. Caso sejam confiscadas milhões de armas em especial aquelas em poder de reservistas, como defender nosso país das agressões externas e internas? O objetivo deve ser estimular os cidadãos dignos a legalizarem suas armas de fogo, impondo punições severas aos que tiverem armas ilegalmente e não desarmá-los. Ou o verdadeiro objetivo é facilitar a tomada de nosso território por estrangeiros, bem como a ação de criminosos? Quem deve ser desarmado é o bandido.

         O argumento falacioso de que um revólver é um "vetor de violência" não se sustenta. Os marginais empregam armas de guerra, AR-15, M-16, lança-granadas, desprezando armas de pequeno porte. Armas não matam pessoas. Pessoas matam pessoas. Um povo desarmado é muito mais fácil de ser escravizado, não tendo condições de exercer o direito constitucional de autodefesa.

         A manobra é muito clara. A liderança do movimento é da ONG Viva Rio, fundada em NOV/93, no Rio de Janeiro, com a participação e o patrocínio de representantes das Fundações Rockefeller, Brascan, Kellog, Vitae e Roberto Marinho e a presença do então Chanceler FHC e do falecido banqueiro David Rockefeller, fundador do Diálogo Interamericano, sendo filiada à IANSA-International Action Network of Small Arms, uma rede de 186 ONGs criada para atuar como uma central de coordenação da campanha internacional de desarmamento.

No Reino Unido, após o banimento das armas curtas, a própria polícia reconhece que isto em nada contribuiu para melhorar a situação, existindo ainda de 400 mil a um milhão de armas de fogo ilegais. O próprio Comitê de Assuntos Internos planejou uma revisão na legislação de armas de fogo e o Sr. Bill Harriman, membro do Comitê Consultivo em armas de fogo afirmou que: "a legislação focou o cidadão honesto que participa de clubes de tiro, quando deveria ser direcionada a armas possuídas ilegalmente".

         Ninguém tem moral, direito ou legitimidade para rasgar a Constituição, impedindo o direito natural à autodefesa do cidadão. Caso este comportamento fascista seja mantido, as autoridades irão colocar na cadeia os cerca de oito milhões de cidadãos possuidores de armas legais e soltar os bandidos que estão trancafiados?  E quantas armas continuarão a existir no país, computando-se as ilegais já existentes? Queremos direitos iguais às "autoridades", que, além de portar armas, possuem carros blindados, seguranças até estrangeiros, com armamento de guerra. É imoral presenciar estes políticos abominando a posse de armas pelo cidadão, cercado de seguranças armados até de metralhadoras.