A QUEM INTERESSA UM BRASIL
DIVIDIDO
Artigo publicado em 03/11/2017 - Monitor Mercantil
Economista
Marcos Coimbra, Professor, Assessor
especial da Presidência da ADESG, Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular
da Academia Brasileira de Defesa e Autor do livro Brasil Soberano.
Denominamos de “países-baleias” os quatro países (Brasil, China, Índia e
Rússia, componentes do grupo BRICS), em virtude de disporem de gigantescas
extensões territoriais e enormes mercados populacionais com crescente poder
aquisitivo e qualidade de vida. É evidente que os EUA ainda são a potência
hegemônica mundial e, mesmo com sua decadência, ainda terão grande importância,
bem como a União Europeia, no contexto internacional, além do ascendente
BRICS.
A China já é a segunda economia do
mundo, detentora de apreciável poder militar. A Índia e a Rússia estão entre as
maiores economias do mundo e também possuem elevado poder militar. Em uma
análise prospectiva, apesar de termos uma das dez maiores economias do mundo,
vasta extensão territorial, abundantes recursos naturais existentes, da água ao
titânio, passando agora pelo petróleo, além de um povo ordeiro e trabalhador, a
fragilidade da expressão militar do Poder Nacional constitui uma
vulnerabilidade preocupante. De fato, há um plano arquitetado pelos "donos
do mundo" de enfraquecer as Forças Armadas dos países emergentes,
sufocando-as de todas as maneiras, financeira, econômica e moralmente.
É proibido o acesso à moderna tecnologia bélica, seja no tocante a
engenhos nucleares, seja na área espacial. O trágico episódio da explosão do
terceiro VLS brasileiro, com a perda de vinte e um mártires é emblemático. Até
jatos supersônicos são proibidos. Fabricação de mísseis, nem pensar. Até a
proibição da comercialização de armas e munições queriam impor ao povo brasileiro.
As empresas nacionais seriam expulsas do mercado e o Brasil ficaria dependente
até da importação de um cartucho de 22. Desta forma, fica mais fácil intimidar
e até agredir nosso território, direta ou indiretamente.
Os conceitos de Integração, Soberania e Integridade do Patrimônio
Nacional são importantes para serem lembrados por todos nós, brasileiros,
devido à insegurança vivenciada, gerada principalmente por pressões externas.
Sofremos o risco de serem agravadas as tensões no plano social, com o acirramento
e a indução de choques de caráter “racial”, religioso, étnico e até sexual ou
de gênero. As famigeradas ONGs e a mídia internacional, secundada pela mídia
nacional, vão procurar jogar católicos contra protestantes e espíritas, brancos
contra negros e índios e outros. Seu objetivo é abalar nossa coesão social,
para fragilizar-nos. Absurdas imposições externas e referendadas pelas últimas
administrações, como o denominado sistema de “cotas raciais”, começam a criar
conflitos antes inexistentes em nosso país.
Quanto à coesão territorial, estão
acelerando o processo de demarcação de terras indígenas, para depois preparar o
terreno para o "direito dos índios à autodeterminação" e para aplicar
o "direito de ingerência dos mais fortes". Isto lhes possibilitaria
retalhar o território brasileiro, em especial a Região Amazônica, dividindo-a
em quistos, a serem “protegidos” por uma força internacional de paz. Sob o
pretexto de defender os direitos dos índios, pretendem explorar nossas riquezas
e recursos naturais.
O revolver de chagas abertas há cerca
de 50 anos, abrindo feridas que deveriam estar cicatrizadas, com a Lei da
Anistia referendada pelo Supremo Tribunal Federal, por mais motivações que
apresentem, representa justamente o desejo do inimigo externo. Enquanto olhamos
pelo espelho retrovisor, digladiando-nos ferozmente por várias razões,
algumas justificáveis, outras não, em virtude da parcialidade evidente, dando
voz a apenas um dos lados participantes da luta armada no país, os “donos do
mundo” enxergam com farol de milha, deleitando-se com nossa divisão interna e
avançando sem a devida resistência em nossas riquezas, afrontando nossa
soberania.
Para mantermos a Integridade do nosso Patrimônio
Nacional é indispensável o urgente fortalecimento de nossas Forças Armadas,
além da existência de um governo apto a enfrentar o que será talvez um dos
maiores desafios da nossa História. Preservar para os nossos filhos aquilo que
foi tão duramente conquistado pelos nossos antepassados. Afinal, o Brasil é dos
brasileiros! Caso permaneçamos indiferentes, ausentes, medrosos, nossos filhos
terão o direito de cobrar-nos: Por que não fomos capazes de, além de doar
nossas vidas em defesa do que recebemos, dar-lhes
razão para continuarem a viver dignamente.
O momento é de União. O passado foi-se. Nossos descendentes dependem
daquilo que conseguirmos legar para eles. Sequer temos um Projeto Nacional de
Desenvolvimento. Chega de ódio e sentimento de vingança! Houve excessos de
ambos os lados e, em nome do futuro, devemos lutar ombro a ombro contra as
formidáveis ameaças existentes ao nosso Progresso. ?
Chega de traição à Pátria!